
Vi Adolfinho, pernas torneadas, shorts azul
Pedaço de mal caminho, mãos aradas, veio do Sul
Eu esmagaria minhas vis espinhas por um olhar
Rasparia com lixa todas minhas acninhas por um romântico jantar
Lá vem ele, veio me convidar?
“Licença monstrenga, a bola, pode me passar?”
Ai que ódio, ai que desolação nefasta
“Monstrenga é tua mãe e teu pai um pederasta!”
Levei um sopapo, não doeu, mas fiz doer
Arranhei-me no ato e na coordenadoria fiz o caldo derreter
“Não fiz isso tudo” disse ele, negando com lástima ferrenha
Ai, ai, tenho espinhas, sou monstrenga, vingou-me Maria da Penha.
Minha mãe armou escândalo e Adolfinho foi expulso
Me senti rainha, maravilhosa, como é ingênuo esse mundo
Remorso, não o tenho, ele enruga e envelhece
Já não bastam minhas espinhas, se arrepender ninguém merece
Ui, ui, ui, que paixão, lá vem o Serginho, como esse não vi igual
Esse é peixe, mas senão, faço alarde, sou tadinha,ai, ai, ai, sou fatal.
Vinicius Soares
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirirmã do Demerval Borges, com certeza!!! kkk!
ResponderExcluirMuito bom! rsrsrsrs
ResponderExcluirrararara