sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
A Fabulosa História de Catarina
Lá estava Catarina à espera da Dona Menarca
ansiosa, debatia os pés, tadinha
Por culpa do Aluisio de Azevedo, patriarca
deram-na a jocosa alcunha de Pombinha
Fez promessa, plantou bananeira
ainda assim nada escorria.
Pai de Santo, Reza Braba, Curandeira
"Ai que desespero, ai que agonia!"
Lhe disseram que o problema tinha cura
dentro de uma tal Universal
e lá foi ela ungir a "dita cuja"
num insosso e fervoroso ritual
Desistiu depois de muito, "Ai que mundo cético!"
"Pois bem, mesmo assim a vida continua!"
Catarina resolveu ouvir a voz do seu médico:
"Queridinha, traveco não menstrua!"
soares
para Chaianne Fidelis
sábado, 14 de janeiro de 2012
Alta Gastronomia
Aurora ouviu calada
os desejos de Manoel
que revelou à esposa amada
um fetiche que o levaria ao céu
Não era assim tão natural
Não era assim tão natural
o desejo daquele homem fiel
esqueceu o dogma habitual
e anunciou o anseio menestrel
-Nunca fui homem galinha
Nunca frequentei bordel
Aurora, o que quero nessa vida
é comer frango num Motel
O silêncio da esposa fria
lhe caiu como um suplício pesado
só queria realizar a excitante fantasia
de exoticamente comer um frango assado
-Tanto lugar pra comer
e tu escolhe um Motel?
Que desejo de doer!
Que fetiche mais cruel!
Decidiram por desistir
Manoel então baixou a guarda
mas, escondido, fantasia pra si
de ir na V.M. comer feijoada
(soares)
foto: Dona Aurora e Seu Manoel na época da puberdade...
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