
sábado, 28 de julho de 2012
Felicidade
Com o corpo do marido esparramado no caixão
Percebeu ela que havia chegado a tal libertação...
Nunca deixou o marido que a esposa fosse feliz
Realizaria agora o lindo desejo que sempre quis
Na noite sombria e crua,
no céu uma grande Lua.
Vai lá vai Dona Jandira
Peladinha, peladinha pela rua.
Antes era "mulher de respeito"
Agora era liberta e viúva
Vejam como balançam os seios!
Peladinha, peladinha pela rua.
Carne solta, senil e crua
Vai lá vai Dona Jandira
A vida vai e continua
Na avenida fria ela está nua
Peladinha, peladinha pela rua
Soares
(dedico aos que ainda estão presos)
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