
Dona Augusta odiava-se
Por ter nome de rua famosa
Contorcia-se, castigava-se
Motivo de chacota, piada maldosa
Quis morrer, fustigava-se, flagelava-se
Quando a chamavam de mimosa
“É tudo nome de rua!” – dizia-se.
Dona Augusta deprimia-se, andava sempre desgostosa
Um dia, no alto do morro barrento
Dona Augusta resolveu o seu tormento
Exibiu nova certidão de nascimento
“Meu nome agora é Salomé, seus jumento!”
Coitada de Dona Augusta, agora Salomé
“Exegese e hermenêutica? Não sei o que é!”
O povo do morro, irônico e sarcástico, continua a pegar-lhe no pé
"Olha lá Augusta Salomé, nome de rua, dançarina de cabaré!”
A Rua Agusta é uma das ruas mais divertidas que eu já fui... mas nunca fui num cabaré chamado Salomé, não sou muito de inferninhos...
ResponderExcluirBoa poesia!