

quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Mulher do século XXI !?

sábado, 6 de novembro de 2010
Cocota

Cumé qui é vacilão
Num sô mulé de bobêra
Sô gramurosa, sô partidão
Sô castelão a noite inteira
Cadiquê sô filezona do pedaço?
Purquê os preibói fica na minha
andu di moto suzuqui e carro só Picasso
sô cachorra sô gatinha
Sô purpurinada, sô tudo de bom
Desce e sobe, de ladinho
Só dá eu na Furacão
Sô da gaiola, sô do bonde do vinho
ps.: em homenagem aos funkeiros que se satisfazem fazendo catarse ao som dos pancadões
Dona Augusta

Dona Augusta odiava-se
Por ter nome de rua famosa
Contorcia-se, castigava-se
Motivo de chacota, piada maldosa
Quis morrer, fustigava-se, flagelava-se
Quando a chamavam de mimosa
“É tudo nome de rua!” – dizia-se.
Dona Augusta deprimia-se, andava sempre desgostosa
Um dia, no alto do morro barrento
Dona Augusta resolveu o seu tormento
Exibiu nova certidão de nascimento
“Meu nome agora é Salomé, seus jumento!”
Coitada de Dona Augusta, agora Salomé
“Exegese e hermenêutica? Não sei o que é!”
O povo do morro, irônico e sarcástico, continua a pegar-lhe no pé